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Entenda o Exame Farmacogenético

Sabe aqueles relatos de que duas pessoas, com o mesmo diagnóstico, ao receberem a mesma medicação, uma responde muito bem e a outra não melhora? ou então uma apresenta diversos efeitos colaterais enquanto a com a outra vai super bem?


Isso pode ser explicado por diversas variações genéticas!


Normalmente são realizadas tentativas e erros até acharmos a medicação ideal, mas o que pouca gente sabe é que atualmente dispomos de um exame cada vez mais acessível, e que é capaz de identificar variações genéticas que interferem diretamente no efeito das medicações no seu corpo - o Teste Farmacogenético.


Trata-se de um exame simples de ser feito, o paciente recebe o kit em casa e faz a coleta de amostra de saliva. Em média leva 15 dias para ficar pronto.

Os laudos são intuitivos e vou dar alguns exemplos para vocês entenderem melhor.


A princípio, há dois grupos de genes: aqueles relacionados ao Metabolismo (interferem na velocidade da metabolização e eliminação daquele fármaco) e os Genes de Resposta e/ou Toxicidade (interferem no quão bem uma medicação pode agir, ou se irá provocar muitos efeitos colaterais).


Vamos a um exemplo para entenderem como deve ser feita a interpretação do laudo:

Imagine um paciente que está tratando sua depressão com Vortioxetina, um excelente antidepressivo, e ao solicitarmos um teste, nós obtemos o seguinte resultado:


Ele se assusta, pois a Vortioxetina está na coluna laranja. Porém observe a legenda:


A Vortioxetina está escrito em AZUL pois a alteração detectada está relacionada à um gene de metabolismo. O número 2 acima do nome indica que a concentração do fármaco estará aumentada no sangue, provavelmente porque o paciente elimina a medicação mais lentamente.



Bem interessante, não?!

O exame avalia dezenas de genes, e nos ajuda a entender como cada medicação psiquiátrica irá agir em cada organismo. Uma ferramenta muito valiosa para a nossa prática clínica.



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