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Transtorno dos Jogos Eletrônicos (Game Disorder)

Por que o consumo exagerado de jogos eletrônicos passou a ser considerado uma doença?



Cada vez mais está sendo observado jovens que apresentam um comportamento compulsivo relacionado aos jogos eletrônicos, com sintomas bem parecidos com a dependência química. e isso não é por acaso, diversos estudos já demonstraram a semelhança entre os mecanismos neurais (mudanças estruturais e de mecanismos funcionais) relacionados ao uso de substâncias químicas e ao vício de videogames.


Por conta dessas consequências, a psiquiatria passou abordar o problema nas principais classificações: DSM-V (Transtorno do Jogo pela Internet) e CID-11 (Dependência de Videogames). Possuem essencialmente como características o abuso, a dependência, a tolerância e a abstinência (obviamente, cada um com as suas especificidades). vamos dar uma olhada nos critérios do DSM-V:


  • Um comportamento de jogo persistente ou recorrente caracterizado pela perda de controle sobre ele;

  • Aumento da prioridade do jogo em relação a outras atividades;

  • Manutenção do comportamento apesar das consequências negativas;

  • O padrão de comportamento é de gravidade suficiente para resultar em comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou outras áreas importantes;

  • Evidentes ao longo de um período de pelo menos 12 meses para que um diagnóstico seja atribuído, essa duração pode ser encurtada se todos os requisitos de diagnóstico forem atendidos e os sintomas forem graves.


O tratamento é baseado em intervenções para o controle do uso, que geralmente incluem o estabelecimento de regras para que os usuários assegurem tempo para as outras atividades, entrando em grupos de suporte e terapia familiar. A princípio, a abordagem terapêutica mais adequada é a Terapia Cognitivo-Comportamental, associada, se necessário, ao tratamento farmacológico.

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